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Índice de pobreza monetária sobe para 41 por cento em Angola


Pelo menos 41 por cento dos angolanos (11.947.270 pessoas) vivem abaixo da linha da pobreza monetária, representando um aumento de cerca de quatro por cento, comparativamente ao ano 2008, que se cifrou em 37%.
Os dados constam do Relatório Final do Inquérito de Despesas e Receitas (IDR/2018-2019), apresentado em Luanda, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)

Desse número, pelo menos cinco milhões 303 mil 459 pessoas pobres (30 por cento) vivem em zonas urbanas, seis milhões 643 mil 811 (57%) nas áreas rurais

Segundo o estudo, a receita mediana total em Angola é de 15 mil 454 kwanzas/mês, enquanto a fonte de receita mais frequente são as laborais, que rondam entre os nove mil 735 kwanzas

“Em Angola, temos duas medições, em termos de pobreza: a pobreza multidimensional, que trata do acesso à educação, saúde, electricidade, ao saneamento básico, entre outros factores. Mas hoje tratou-se da pobreza monetária, ou seja, a quantidade de dinheiro necessária para cada um de nós acudir as nossas necessidades, quer da alimentação, quer dos produtos não-alimentares”, explicou o director-geral do INE, Camilo Ceita

Em declarações à imprensa, a propósito do lançamento desse relatório, o responsável apontou as zonas rurais das províncias do Sul de Angola, como Cunene, Huíla, Cuando Cubango e Namibe, como as mais visadas em termos de pobreza

Para as áreas urbanas, destacou as províncias do Cuanza Sul, Bié e Benguela, com as que apresentam maior incidência de pobreza, que se estima em 60 por cento

Comparativamente às outras, Luanda destaca-se como a província com menos pobres, cuja taxa de incidência se cifra em volta dos 20 por cento

“A linha da pobreza no país é de 12 mil e 500 kwanzas por mês, ou seja, 12 milhões de angolanos estão abaixo deste valor para acudir as suas despesas básicas alimentares e não-alimentares, correspondendo aos 4 por cento dos 30 milhões de habitantes”, esclareceu

Para o responsável, em 2008, a linha de pobreza era de quatro mil e quinhentos kwanzas, augurando que houve uma evolução significativa, tendo reiterado que o país deve definir, de imediato, a sua linha de pobreza

Questionado sobre as razões que levam esse aumento da pobreza, destacou, entre vários factores, a falta de infra-estruturas e o desemprego

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